A função social da mulher implica uma série de condições às quais muitas vezes parece impossível deixar de se submeter. Ainda hoje, na sociedade pós-moderna, está atrelada à dicotomia entre o ser frágil e o ser forte, aquela que tudo suporta, que cuida de todos e de tudo, que é abnegada, de quem a felicidade decorre de conquistas pura e precipuamente altruístas. É com isso que este artigo tem como objeto de intervenção e pesquisa a condição discente de mulheres estudantes na/da educação superior. Nosso objetivo geral consiste em mediar experiências formativas em torno dos sentidos de ser/estar mulher estudante na universidade e na sociedade. Para tanto, utilizamos como metodologia o relato de experiência de uma oficina realizada com o projeto de extensão “Experiências do ser/estar mulher estudante na universidade: (re) elaboração de sentidos”, feita em sala de aula, com as discentes do curso de psicopedagogia da UFPB, com a intenção de impactar o cotidiano dessas mulheres de forma positiva. A oficina teve como proposta trabalhar temas ligados à condição de ser mulher – estudante, sem perder de vista o compromisso da formação ético – política de cada mulher envolvida. Nosso objetivo específico se configurou em momento de reconhecimento de si e da expansão sobre a condição de ser estudante universitário nos dias atuais. Nesse sentido, a oficina colaborou, junto ao projeto, também para que as estudantes criassem e aprofundassem suas motivações para permanecerem na universidade e não desistam de seus cursos e de si mesmas. Por outro lado, beneficiou nossa formação acadêmica e profissional ao nos colocar em contato com realidades, condições, demandas com as quais nos deparamos no exercício de nossas futuras profissões e apresenta oportunidades de reconhecer, desenvolver e refinar nossas habilidades acadêmicas e adentrarmos o universo da pesquisa e produção nessa área.