A discussão sobre as relações étnico-raciais nas escolas brasileiras precisa se tornar constantes, diante de um currículo que ainda predomina estruturas colonizadoras, dominantes que alienam e oprimem. Repensar o currículo escolar num país como o Brasil se torna uma prática evidente e necessária numa perspectiva de caminho, mudança de comportamento, lugar de transformação social, lugar de emancipação. Para falar de currículo torna-se importante ressaltar a formação e as práticas docentes como um caminho para adentrá-lo num pensamento de criar expectativas e perspectivas de vidas, num pensamento de romper paradigmas e encontrar brechas que possam criar espaços de movimentos de resistências. Este artigo tem como objetivo principal refletir, discutir e propor considerações sobre o currículo educacional brasileiro, a diversidade étnico-racial, as práticas pedagógicas e a formação docente, diante de uma trajetória científica, legislativa, de lutas de movimentos, mas que mesmo assim ainda não se efetiva na prática, no chão das escolas. Como estrutura metodológica trata-se de um ensaio teórico produzido a partir de um levantamento bibliográfico, com reflexões em subsídios que trabalham as temáticas. Para fundamentação teórica utiliza-se Silva, 2017, Pimenta, 2012, as leis 10639/03 e 11645/08 entre outros. Este artigo vem discutir o fortalecimento da formação inicial e contínua dos professores como um ponto chave para a transformação do currículo educacional, através de práticas docentes políticas emancipadoras, as quais, a diversidade cultural seja tratada como ponto de partida de espaços de identidades e a valorização humana seja compreendida no âmbito da educação.