A escola enquanto território pode ser compreendida como lugar onde o sujeito se sente “em casa”. Este lugar, por sua vez, é atravessado pela realidade social, seus diferentes contextos, atores e estruturas, proporcionando assim o entrelaçar das construções promovidas pela escola enquanto instituição social aos processos subjetivos dos sujeitos sociais. O vislumbrar deste território a partir da complexidade social e subjetiva suscita, assim, discussões sobre a afetividade dentro do âmbito escolar, pensando esta também enquanto caminho para obtenção de um bom desenvolvimento da aprendizagem. Tendo isto em vista, este relato de experiência procurou evidenciar a potência interventiva da escuta psicológica - individual e grupal - enquanto prática de promoção de afetos na escola. O vínculo afetivo, o diálogo e a escuta, demonstrou oportunizar aos alunos a possibilidade de expressarem os sentimentos envoltos no processo educativo, ajudando-os na compreensão da dinâmica que vivenciam no dia a dia, movimento relevante para construção do conhecimento e para desenvolvimento destes enquanto sujeitos no mundo com os outros.