Este artigo objetiva refletir sobre a formação inicial de professoras dos anos iniciais no Clube de Ciências da Universidade Federal do Pará, ao vivenciarem prática antecipada à docência e o uso de investigação como prática de ensino. O Clube de Ciências é um espaço institucional de formação de professores, que proporciona prática antecipada à docência para licenciandos das diferentes áreas da Universidade Federal do Pará, articulada com a iniciação científica infantojuvenil de estudantes da educação básica. Nesse processo formativo, a reflexão de professores, coaduna com a necessidade de aprender sobre a própria profissão professor, por meio de contextos que incentivam a pesquisa, a investigação e o ensino de ciências. Nesse sentido, esta pesquisa é qualitativa, pois trabalha com a subjetividade e reflexão dos participantes, algo que não pode ser mensurado e nem quantificado. Os colaboradores são duas licenciandas do curso de Licenciatura Integrada, participantes do Clube de Ciências. Como dados da pesquisa, utilizamos o plano de aula e os diários das duas futuras professoras, que foram tratados por meio da análise textual discursiva. A experiência em análise refere-se a uma atividade, que gerou as reflexões formativas, foi uma experimentação investigativa que faz parte de uma Sequência de Ensino Investigativo (SEI), que tratou de condução elétrica, mas especificamente, a condução por substância condutora e isolante (água mineral e água destilada). Por meio da problematização do tema e das condições criadas para a geração de hipóteses, testes e discussões, a experimentação, foi um recurso para a produção de aprendizagens conceituais, procedimentais e atitudinais dos estudantes. A partir disso, compreendemos que a prática pedagógica articulada com reflexões críticas sobre o processo de ensino-aprendizagem em ciências pode contribuir para o desenvolvimento profissional de professores dos anos iniciais, tendo ênfase no interesse e na qualidade do aprender dos estudantes.