A pandemia do COVID-19, modificou a rotina da população mundial e acarretou, dentre outras áreas, no campo educacional, mudanças bruscas em todos os seus setores, paralisando as atividades presenciais para se adaptarem à nova realidade. Nas Instituições de Ensino Superior do país a suspensão ocorreu em março de 2020 como uma estratégia emergencial, promovendo um esforço de seus gestores e professores no sentido de proporcionar aos seus alunos a continuidade das aulas, optando pelo Ensino Remoto Emergencial (ERE). Frente a toda problemática decorrente deste período conturbado, esse trabalho buscou realizar uma pesquisa exploratória, com o intuito de investigar as percepções e as experiências individuais vividas pelos docentes dos Departamentos de Química da UFC, frente a aplicação do ERE durante a pandemia, apontando as estratégias aplicadas e as dificuldades enfrentadas no desenvolvimento da atividade docente. Pode-se inferir da pesquisa que a pandemia afetou fortemente a educação de um modo geral, e na Química isso também foi percebido, especialmente em função da ausência das aulas práticas, utilizadas com o intuito de potencializar o processo de ensino-aprendizagem e facilitar a compreensão/contextualização dos assuntos teóricos abordados em sala de aula. Ressalta-se ainda que fatores como a importância do uso correto por parte dos professores das ferramentas digitais, das metodologias ativas, assim como a formação docente e os desafios do ERE foram de grande importância e tiveram um papel importante na configuração vivenciada durante a pandemia.