Nesta pesquisa, trazemos algumas reflexões sobre a implementação da Lei 13.415/2017 e de como a reforma do ensino médio está sendo recepcionada pelos profissionais da Escola Cidadã Integral Técnica Estadual de Ensino Médio Francisco Marques de Melo, localizada no município de Damião-PB. Analisamos a transição curricular, a partir de uma abordagem de campo concatenada a uma revisão bibliográfica temática e teórica com as leituras interpretativas das legislações, em consonância com análises feitas do material colhido das entrevistas semiestruturadas, com os sujeitos atuantes na escola lócus. Seguimos uma abordagem sobre a educação básica no Brasil, com ênfase no ensino médio e sobre sua reforma, desde os estudos iniciais que a embasaram, até a sua implementação, em 2022. Destacamos alguns autores que se posicionam contrários a tal mudança, como SILVA (2022), OLIVEIRA (2022) e BODIÃO (2018) que a veem como autoritária, negativa e decadente. Por outro lado, os defensores de tal reestruturação afirmam que é uma construção coletiva, envolvendo técnicos, especialistas e outros profissionais, consideram ainda que é um desafio, mas os alunos são os mais beneficiados desta política. A exemplo dos seguidores, temos secretários de educação estaduais, representados pela CONSED (2023) e os representantes de escolas particulares, por meio da FENEP (2023). Finalizamos com as percepções e rotinas pedagógicas da equipe escolar pesquisada, com destaque dos principais agentes executores do NEM, os professores. De acordo com os estudos, consideramos que a reforma do ensino médio não está sendo bem aceita em sua fase inicial. Apesar dos textos bem adornados nos documentos legais, percebe-se que na prática, as mudanças são mínimas, principalmente se tratando de escola em tempo integral.