Marcada por ser um componente curricular de difícil compreensão por parte dos alunos, a Química, tem sido defendida por professores na importância de propostas educacionais com abordagem investigativa como ferramenta para mitigar as dificuldades e facilitar o ensino-aprendizagem de uma ciência experimental. Se tratando de ensino médio, as práticas experimentais são essenciais. Entretanto, tais práticas podem gerar resíduos químicos que necessitem de descarte correto para minimizar riscos à saúde e meio ambiente. Dada a importância da gestão de resíduos, o objeto do estudo foi orientar alunos quanto as etapas para um bom gerenciamento com base na manipulação, armazenagem, rotulagem, disposição e tratamento dos mesmos, visando à inserção da educação ambiental. Como base experimental a pesquisa envolveu um projeto extensionista e turma eletiva de alunos do ensino médio de escola pública da cidade de Areia - PB (1º, 2º e 3º ano – 28 alunos), tendo como procedimentos metodológicos: palestras conceituais na escola, visitação nos laboratórios de química do DQF/CCA, apresentação de vidrarias e equipamentos dos laboratórios de química analítica e orgânica e aplicação de questionário para avaliação diagnóstica. A partir das análises, 85% dos alunos disseram já ter ouvido sobre a educação ambiental nas escolas, porém desconhecem as formas de manuseio, separação e tratamento dos resíduos (63%). Além disso, quando questionados sobre o tema em sala de aula, 45% disseram ter visto “resíduos químicos” apenas através de conteúdos teóricos, 30% por de trabalhos/pesquisas na internet e somente 25% tiveram acesso por atividades práticas. Para os entrevistados (96%), temas como estes devem ser mais explorados nas escolas, principalmente na disciplina de química (50%) que permite a interdisciplinaridade de conteúdos no nosso dia a dia. Assim, conclui-se que a metodologia de orientação adotada despertou com sucesso o senso crítico e conscientização sobre resíduos químicos e gestão.