RESUMO Neste trabalho proponho uma problematização acerca das possibilidades de constituição das subjetividades docentes e discentes a partir de narrativas e de imagens de filmes que abordam temáticas sobre os grupos discentes nas escolas. Os filmes são apenas pontos de partida para pôr em xeque as tentativas de aprisionamento de exercício do magistério ou de imobilização e generalização de “identidades docentes”. O processo de pesquisa foi inspirado na Filosofia da Diferença com as contribuições de Deleuze, Foucault e outros, envolvendo três momentos que se entrelaçam: primeiro a experimentação que o/a pesquisador/a faz para estranhar aquilo que lhe parece familiar e se familiarizar com as “estranhezas” que encontra em seus estudos e práticas; segundo, uma pesquisa bibliográfica considerando as temáticas em foco, ou seja, a formação e a prática docente, as subjetividades docentes e discentes no âmbito das instituições responsáveis pela formação desses/as alunos/as e professores/as; terceiro, a organização dos pensamentos e das teorias em uma análise fluida ou seja, sem “amarrar” todos os fios. Uma análise perspectivística em busca de possíveis sentidos para a formação e a prática docente com aberturas mais ou menos suficientes para que outros/as recolham o que julgarem importante para si e possam (des)(re)construir seus próprios sentidos no processo de constituição de suas subjetividades docentes. Os tópicos do artigo indicam as discussões/problematizações efetuadas que podem vir a contribuir para as visibilidades e construções dos outramentos docentes e discentes, são eles: “Um Pouco de Delineamento dos Caminhos do Trabalho”; “Um Pouco de Imagens e Identidades Fixas”; “Um Pouco de ‘Verdade’ sobre as ‘Identidades’ Docentes”; “Um Pouco de ‘(des)Verdades’, ‘não-Verdades’, ‘Pós-Verdades’?: Outramentos de si na Fabricação de Sentidos nas Subjetividades Docentes”; e, “Para Não Finalizar a Conversa”.