As atividades experimentais, sobretudo no Ensino das Ciências Naturais, quando trabalhadas em sala de aula, podem ser uma ferramenta promissora no ensino-aprendizagem, uma vez que, do ponto de vista pedagógico, este tipo de atividade envolve a formação de conceitos, a aquisição de habilidades, de pensamentos, de compreensão do trabalho científico e desenvolvimento de argumentação científica. No entanto, essas atividades são, muitas vezes, trabalhadas de forma acrítica e não problematizada, assim, os alunos têm pouca ou nenhuma oportunidade de coletar dados, analisar e elaborar hipóteses, caracterizando uma atividade experimental apenas focada na verificação ou ilustração de conceitos. Diante dessa diferença e tendo em vista que o livro didático ainda é um dos principais instrumentos didáticos usados pelos professores, o presente trabalho teve como objetivo analisar o nível de protagonismo dado aos alunos na construção e sistematização de conhecimentos, através do desenvolvimento de atividades experimentais propostas nos livros didáticos da área de Ciências da Natureza (coleções Moderna Plus e Multiversos), aprovadas pelo PNLD/2021. A pesquisa foi desenvolvida durante as atividades do PIBID no Campus Pau dos Ferros do IFRN, sendo classificada como uma pesquisa aplicada, com objetivos exploratórios, e bibliográfica quanto os métodos utilizados. Para avaliar o nível de protagonismo dos estudantes durante a execução dos experimentos, analisamos os roteiros a partir da categorização proposta por Priestley (1997), que classifica em 7 níveis, indo de um experimento demonstrativo a uma experimentação investigativa. Os resultados mostraram que as duas coleções podem ser classificadas com um nível médio de protagonismo, em que os procedimentos são dados e algumas perguntas ou conclusões são abertas para reflexão dos estudantes, requerendo dos alunos apenas processos cognitivos de verificação e exploração conceitual inicial. No entanto, acreditamos que a figura do professor pode contribuir para ampliar e/ou adaptar direcionamentos presentes nos roteiros e ainda criar novas proposições.