NOBRE, Lara Batomarco et al.. Violência infantil em meio à covid-19. Anais IX CONEDU... Campina Grande: Realize Editora, 2023. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/94706>. Acesso em: 23/12/2024 02:14
A disseminação mundial do vírus da Covid-19 instaurou uma situação emergencial mundial de saúde pública no ano de 2020 denominada pandemia, na qual a medida sanitária protetiva determinada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para conter a propagação do vírus resultou na modificação das relações familiares, alteração das atividades rotineiras, intensificação da desigualdade social e no aumento da vulnerabilidade, principalmente para infância. Destarte, esse trabalho fundamenta-se em uma pesquisa guarda-chuva, realizado a título do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) da Faculdade de Educação na Universidade de Brasília (UnB) durante o período de 2022 a 2023, o recorte temporal da pesquisa refere-se aos anos de 2020 à 2022 em que se vivenciou a pandemia da Covid-19, o mapeamento de produções científicas foi realizado com base nas plataformas de pesquisa do Google Acadêmico, do Portal de Periódicos da CAPES e da SCIelo. Os artigos localizados foram subdivididos em cinco categorias, sendo selecionada para composição do corpus deste trabalho a categoria relacionada à violência infantil durante a quarentena, a fim de avaliar as circunstâncias que corroboraram para a intensificação da violência infantil no território brasileiro, tendo em vista que o isolamento fortaleceu fatores intrínsecos que propulsam diversos tipos de violência. Por fim, verificam-se durante a pandemia sinais de violência a partir da negligência parental, vedação da participação dos indivíduos, precariedade dos serviços de apoio, violência auto infligida/autoprovocada, aumento da vulnerabilidade infantil e desigualdade social, violência provocada pelas tecnologias etc., que por sua vez, devem ser investigados, a fim de viabilizar integralmente a infância vivenciada na pandemia, pois esses fatores acarretam o rompimento dos direitos infantis assegurados pela Constituição Federal de 1988 e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) que reintegra a segurança e a proteção integral à infância como um direito fundamental da criança.