A educação inclusiva preconiza um modelo de escola que reconheça, valorize, respeite as diferenças de cada um dos sujeitos e favoreça a equidade nos processos formativos. Todavia, entende-se que tal concepção de ensino ainda é permeada de inúmeros desafios, notadamente no que se refere ao desenvolvimento das aprendizagens das pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Para a compreensão dessa realidade se torna indispensável a produção de conhecimentos por meio de pesquisas para conhecer as ações desenvolvidas pelos docentes que trabalham com alunos da educação especial. Assim, esse estudo objetivou analisar as práticas pedagógicas desenvolvidas pelos profissionais que atuam com uma criança com TEA na sala de aula comum de uma escola da rede pública do município de Barreiras-BA. Para tanto, tomou-se como referência, a Declaração de Salamanca (1994), a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008), os estudos de Bez (2016), Sassaki (2003), Mantoan (2003) e Karagiannis; Stainback; Stainback (1999). A pesquisa, de cunho qualitativo, contou com a participação de um aluno com TEA, sua responsável legal, professores da sala de aula comum e do atendimento educacional especializado e profissional de apoio e se constituiu a partir de observações sistemáticas e entrevistas semiestruturadas. Os resultados obtidos evidenciam que na realidade investigada, embora existam ainda desafios, principalmente no que tange à formação docente e à indisponibilidade de alguns recursos adaptados para as aulas de educação física, as ações dos profissionais que atendem o aluno favorecem a eliminação de barreiras para a participação, aprendizagem e desenvolvimento da criança. Ademais, o estudo identificou que a parceria da família com a escola é fator relevante no processo de inclusão escolar.