O Instituto Federal da Paraíba (IFPB) foi criado pela lei n° 11.892 de 2008, que democratiza, amplia e interioriza o acesso à educação pública desde o ensino básico à pós-graduação. O objetivo desse estudo foi analisar o perfil sociofamiliar, pessoal, de antecedentes acadêmicos e de vivências dos estudantes dos cursos técnicos no IFPB. Trata-se de um estudo transversal, quantitativo, descritivo, que aplicou um questionário desenvolvido via formulário do Google a 385 estudantes do ensino técnico integrado ao ensino médio em maio de 2023, resultando nos seguintes parâmetros: os participantes são majoritariamente do sexo feminino (60,51%), pardos 55,84% e com idade média de 15,91 anos. Cerca de 94% moram na zona urbana, vivem em imóveis próprios (66,49%) e, em média, levam 41 minutos de deslocamento da moradia ao âmbito escolar. Aproximadamente 38% dos ingressos obtiveram a aprovação por cota, principalmente cota de escola pública (46,57%). Quase 91% dos estudantes possuem renda familiar de até 3 salários mínimos, porém apenas 29,35% recebem auxílio estudantil para permanência no IFPB. 8% da amostra, tem alguém que dependa formalmente deles e 90% não apresentam histórico de repetência em série anterior. Destaca-se que quase 45% dos alunos participam de atividades extracurriculares, sendo dessas 32,2% em olimpíadas do conhecimento. Observou-se que a amostra apresenta relação positiva em relação ao vínculo com seus responsáveis (média de 4,29), bem como nível médio de autopercepção de saúde mental (3,34). O estudo aponta para uma mudança do perfil dos estudantes ingressantes e uma democratização do acesso ao IFPB, fortalecido pelas políticas de inclusão. Espera-se ainda a implementação de ações promotoras de permanência e êxito com base nas especificidades dos estudantes.