Sabe-se que no espaço escolar o respeito as igualdades devem ser prevalentes. Todavia, muitos alunos e alunas saem de seus lares carregados de falsos pensamentos moralistas, que em muitos casos são imputados pelos pais ou avós, onde “é natural nas famílias, nas escolas e no contexto religioso uma legitimação da constituição familiar referendada pelo pai, pela mãe e pelos irmãos como elementos de uma família; os avós, primos e os tios também fazem parte da família” (Houaiss, 2005). Assim, cria-se no educando uma visão patriarcal da constituição familiar, estimulando aversão a tudo que foge da norma heteronormativa, legitimando práticas de violência LGBTfóbicas. Destarte, o presente artigo busca acompanhar a rotina de uma professora trans em uma escola de rede pública da cidade de Natal – RN, observando por meio de sua narrativa as práticas de resistência, combate ao preconceito e LGBTfobia na escola. Para metodologia foi realizado revisão bibliográfica, com o intuito de verificar as principais discussões teóricas sobre o tema estudado, além da aplicação de perguntas abertas direcionadas a participante de nossa pesquisa, com observação da sua rotina na escola durante um dia letivo. Constatou-se com a pesquisa, que em ambas as turmas que a professora leciona, os alunos e alunas não expressam atitudes LGBTfóbicas para com a docente, onde a mesma relata que sempre foi bem recebida por eles, tendo seus pronomes respeitados em todos os momentos de sua trajetória na escola. Ela relata, que apenas no início, observou alguns olhares tortos por parte de outros professores e direção escolar, e com os pais não observou nem uma atitude preconceituosa.