A formação moral se constitui enquanto um importante elemento ao desenvolvimento humano em geral, e, especificamente, em se tratando da criança em seus primeiros anos de vida. Essa formação é fundamental para o desenvolvimento sadio em relação si mesma e com os outros. Compreende-se que a educação moral é uma grande teia de significados, entre eles: saber quais valores são significativos para si e ser capaz de tomar decisões tendo em vista os aspectos pessoais e sociais da decisão. Agir moralmente e autonomamente supõe refletir, discutir e decidir, portanto, a formação desta competência demanda que se comece a partir da mais tenra idade, na infãncia. Neste período crucial do desenvolvimento humano se faz importante estimular a automonia de decisão e pensamento. Sendo assim, ela acontece primeiramente no ambiente familiar, onde serão lançadas as bases para a formação do sujeito, e se estabelece no decorrer dos anos da infância e adolescência, em que o indivíduo deve alcançar a autonomia. Desta forma, a família tem papel determinante no que se refere a propiciar que a criança se desenvolva plenamente e integralmente, auxiliando nas noções de regras sociais e de respeito. Desse modo, procura-se compreender mais profundamente a função da família no desenvolvimento da moralidade na infância. Para tanto, analisa-se o papel desta estrutura no processo histórico de descoberta da infância e como ela se constitui em relação à criança, explorando os estágios de desenvolvimento da moralidade, provocando reflexões sobre o desenvolvimento desse aspecto e, especificamente, sobre sua importância ao desenvolvimento da criança. Espera-se verificar a importância da estrutura familiar ao desenvolvimento geral da criança sobretudo nos aspectos morais; constatar a educação moral como imprescindível ao crescimento sadio da criança consigo mesma e com os outros; ressaltar a família como primeiro educador da criança.