O curso de Pedagogia licencia educadores para atuarem em diversos espaços além dos escolares. Dessa forma, a presente pesquisa objetiva compreender e refletir sobre a inserção de pedagogos na Assistência Social. Sendo assim foi feita uma pesquisa de cunho qualitativo enquadrou-se em dois eixos estudo bibliográfico e pesquisa de campo, aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa, através do Parecer n. 4.644.141. A pesquisa bibliográfica subsidiou a delimitação dos conceitos, tendo em vista que as tendências teóricas que buscam definir a educação não formal são dinâmicas e nem sempre consensuais, para isso utilizamos como aportes teóricos Saviani (2013), Libâneo (2010, 2011, 2012), Brandão (2007), Freire (1987, 1996, 2000), Gadotti (1983, 1991), Gohn (2010, 2011), entre outros. Partindo de uma perspectiva de transformação social nos valemos fundamentalmente das abordagens de libertação, emancipação e autonomia, considerando-as como basilar para a discussão do papel e das atribuições do pedagogo na educação não formal. Na pesquisa de campo, foram realizadas entrevistas com quatro pedagogas, que atuam na Assistência Social em um município do Norte Gaúcho, tendo a análise de conteúdo pautada em Bardin, como abordagem utilizada para interpretação e tratamento dos dados. Os resultados apontaram que as atividades realizadas pelas pedagogas abarcam desde planejamento e desenvolvimento de projetos coletivos, até visitas domiciliares. Além disso, as participantes levantaram, como principais desafios de sua atuação, aspectos ligados a formação inicial e a falta de valorização como profissional especializado na composição das equipes de atendimento multidisciplinar. Conclui-se com esta investigação que a presença de pedagogos em espaços que ocorrem processos educativos é essencial, já que há intencionalidade, planejamento, mediação de interação com os sujeitos, escuta, observação, diálogo, práxis. As pedagogas pautam pelo reconhecimento dos sujeitos para a emancipação, humanização, autonomia, busca de direitos a fim de contribuir para minimizar vulnerabilidade(s) geradas pelo capitalismo neoliberal.