Após a pandemia do Coronavírus, a escola precisou adaptar o ensino de uma forma que o aluno fosse alcançado remotamente, ou seja, se fez necessário toda uma ressignificação do fazer docente a fim de promover tanto o ensino, como a aprendizagem em um cenário bastante desafiador, que não fazia parte do cotidiano da maioria dos docentes. Nesse panorama, entram em cena os recursos tecnológicos, que muitas vezes foram vistos como solução para uma parte dos docentes e como vilão por outra, pois provavelmente, são os que não tinham o domínio da tecnologia. Nesse cenário tecnológico, chamamos atenção para o uso do celular como um recurso de ensino, pois é uma tecnologia presente no cotidiano e que pode auxiliar positivamente o fazer docente. Dessa forma cabe questionar: de que forma pode-se traçar uma estratégia de ensino a fim de que o aparelho celular seja um fator de contribuição para o ensino e para a aprendizagem? Assim, este trabalho tem o objetivo de demonstrar que o aparelho celular pode contribuir de forma significativa para o processo de ensino por meio de uma proposta de atividade interdisciplinar voltada ao Ensino de Ciências. Na metodologia será sugerida uma proposta de atividade de ensino híbrido com base na sala de aula invertida a ser aplicada no segundo segmento do ensino fundamental. O principal referencial teórico para esse estudo será o da aprendizagem significativa com tecnologia. Como resultado, espera-se que ocorra a desconstrução de alguns paradigmas acerca do uso do celular em sala de aula e que esta proposta possa impactar positivamente o fazer docente e contribuir para uma aprendizagem autônoma e ativa aos estudantes.