Este trabalho traz algumas considerações relacionadas a uma pesquisa de mestrado em andamento que possui como objetivo analisar o processo formativo de professores de ciências pela Pedagogia Histórico-Crítica (PHC), contextualizada no conflito entre Rússia e Ucrânia. A pesquisa se materializa através de um grupo de estudos constituído por professores em formação que cursam a Licenciatura em Química do IFG campus Anápolis e estão vinculados ao Programa de Iniciação à Docência (PIBID) da Capes. O foco do grupo de estudos abrange os fundamentos da PHC como possibilidade para o ensino de ciências. Neste âmbito situamos a historicidade e atualidade do conflito Rússia x Ucrânia com enfoque na questão nuclear, a fim de abrir espaço para discussão sobre o ensino da química nuclear. Os encontros para o grupo de estudos acontecem semanalmente, através da plataforma google meet, e são planejados considerando os pressupostos teórico metodológicos da PHC. O processo formativo pela PHC é pretendido pelo movimento de partida e retorno à pratica social, em um contexto mediado pela problematização, instrumentalização e catarse. A pesquisa configura-se como um estudo de caso, onde os dados são obtidos através de observação e entrevistas semiestruturadas. A análise acontece através da Análise de Conteúdo, através da qual será analisada a influência da PHC nas práticas dos professores a partir das atividades propostas. Com base nas observações do grupo de estudos, constatamos que, no início da pesquisa, os professores demonstraram pouco conhecimento sobre a PHC, a química nuclear e um entendimento pouco abrangente sobre a guerra entre Rússia e Ucrânia, no que diz respeito as suas motivações e implicações. No entanto, o público participante mostrou-se receptivo no que se refere aos debates e discussões propostos e vem notando-se em suas falas, posicionamentos cada vez mais críticos sobre o ensino de química e suas realidades.