Entendemos que entre as teorias desenvolvidas na academia e o que se apresenta enquanto prática do cotidiano escolar, há algumas divergências muitas vezes dicotômicas. Discussões que abordam a temática descrevem cenários nos quais os atores escolares apontam uma distância prática entre o que é discutido pelas universidades, e o que ocorre no dinâmico dia a dia escolar. Tendo como referência esse cenário, o presente trabalho tem como pretensão discutir as questões que perpassam as primeiras experiências na docência de professores em formação, quando essa suposta dicotomia se apresenta pela primeira vez no percurso formativo de futuros professores de Ensino Fundamental I e II. Nesse caminhar, pontuamos a importância dos estágios (obrigatório e não obrigatório), tendo como lentes teóricas o auxílio de Pimenta e Lima (2005/2006), Carneiro (2016) e Chartier (2009), que nos auxiliaram a compreender esse cenário de discussão. Em nossa metodologia, nos utilizamos de observação participante, tendo como referência Minayo (2008). Em nossos relatos de experiência, percebemos o quanto a prática cotidiana de professores e professora guarda suas divergências em relação com a teoria discutida em universidade, pois, a prática docente desenvolvida se estabelece em um contexto de heterogeneidade. Assim, com a dinamicidade constante do cotidiano, o profissional docente acaba por utilizar de variadas estratégias de ensino para construir sua prática, o que constitui seu repertório de práticas e forma sua identidade profissional.