O presente artigo traz ao centro da discussão questões relevantes a análise e compreensão das políticas públicas. Nosso foco se desenvolve no trato das políticas educacionais e a constituição de seus discursos. Caminhamos também no sentido de apontar a força que alguns discursos educacionais desenvolvem, mesmo não alcançando representatividade no campo legal. Para embasamento teórico utilizamos aporte analítico em nossa discussão teórica o pensamento pós-estruturalista fundamentando nosso estudo e reflexões a partir da Teoria do Discurso:: (SERAFIM e DIAS, 2012); (LACLAU e MOUFFE, 2015); (MAINARDES, 2009); (BALL,2006); (MAUÉS, 2003); (FRIGOTTO, 2017), dentre outros.Com a compreensão de que as políticas públicas são um campo em disputa discutiremos as influências apontadas pela globalização, o neoliberalismo e o mercado na definição das políticas educacionais. Percebemos, pelas análises que aceitar o caráter contingente e radicalmente aberto dos valores sociais é condição primeira para o pensamento de uma sociedade radicalmente aberta, onde a cidadania é entendida como uma identidade política, que se vincula através do conjunto de valores ético-políticos, intencionando uma real possibilidade de vida democrática.Logo, precisamos insistir na organização política e nas articulações discursivas que possibilitam forma e força de atuação a nossas demandas, para resistir aos sucessivos golpes que o campo educacional tem sofrido.