O trabalho apresenta como temática os movimentos das políticas públicas educacionais de educação superior na área da permanência estudantil na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). O recorte advém de uma pesquisa do Curso de Doutorado em Educação do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) da UFSM e tem como objetivo analisar como se deu a reorganização das políticas públicas e das ações voltadas à permanência nesta Universidade durante o período da pandemia. A metodologia utilizada foi a histórico-crítica, do tipo qualitativo, baseada em análise documental dos editais publicados durante o período pandêmico. Como resultados tem-se que a UFSM implementou auxílios de modo emergencial, sendo o primeiro o auxílio transporte emergencial, que consistiu em ajuda financeira para que os estudantes em vulnerabilidade socioeconômica pudessem retornar às suas cidades de origem para fins de isolamento/distanciamento social. Também foram implementados auxílio alimentação emergencial e auxílio inclusão digital, que consistiu em ajuda financeira para aquisição de equipamentos eletrônicos e planos de internet móvel. Concluiu-se que mesmo com a implantação destes auxílios emergenciais muitos estudantes optaram por permanecer residindo na Moradia Estudantil durante a suspensão das atividades presenciais acadêmicas devido à situação de vulnerabilidade socioeconômica familiar. Já os auxílios de inclusão digital somente foram implementados com o advento da pandemia, mesmo que constem como um dos eixos de ação do Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES), programa que regulamenta as ações de assistência estudantil nas instituições federais de ensino, implementado no ano de 2010.