O presente trabalho se debruça sobre produções teóricas no campo dos estudos relacionados às tecnologias, às mídias e ao consumo, evidenciando o caráter educativo das chamadas Pedagogias Culturais nos processos de subjetivação e formação das identidades culturais infantis. São estudos que consideram as tecnologias, a mídia e o consumo como artefatos culturais com implicações contundentes nos modos de ser criança e viver a infância na atualidade. Assim, este trabalho objetiva compreender como os estudos selecionados explicam uma sociedade moldada por novas configurações culturais na produção de novos modos de ser criança e viver a infância. O percurso metodológico foi composto por pesquisa bibliográfica, com a seleção e o estudo das obras: 1) O livro “A identidade cultural na pós-modernidade”, de Stuart Hall (1992); e 2) Os artigos “As identidades da infância: núcleos e processos de construção das identidades infantis”, de Sílvia Sara Sousa Saramago (1994) e “Nos rastros do conceito de pedagogias culturais: invenção, disseminação e usos”, de Marisa Vorraber Costa (2017). Para os procedimentos analíticos, acionou-se também as contribuições de Stuart Hall (1992), no que diz respeito ao conceito de identidade e subjetividade, e os estudos de Steinberg e Kincheloe (2001) sobre o conceito de pedagogias culturais. Em relação aos processos de subjetivação e formação de identidades culturais infantis, os estudos apontam que o consumo – principal característica em torno da qual a sociedade atual se organiza – é um forte componente nesse processo, assim como os aspectos das culturas locais onde as crianças estão inseridas. Além disso, as tecnologias e as mídias são referências centrais na vida das crianças, compondo diversas identidades infantis presentes nos dias de hoje. O trabalho evidencia ainda o caráter educativo e formador dessas pedagogias culturais, contribuindo para a compreensão do desenvolvimento das crianças que percebem e constroem muitos sentidos por meio destas.