A Educação Emocional é tema de interesse crescente nos últimos anos, tendo em vista os desafios que crianças, jovens e professores têm enfrentado no contexto escolar. No Brasil, apesar de sua importância, as iniciativas públicas em termos de programas no campo da educação emocional ainda são tímidas. Diante dessa problemática, o presente estudo tem como objetivo analisar o papel da Educação Emocional para o desenvolvimento dos sujeitos no contexto da escola a partir das narrativas de professoras da Educação Básica. Para tanto, foi realizada uma pesquisa de campo com abordagem qualitativa, que contou com a participação de 30 professoras de escolas públicas e privadas do município de Campina Grande – PB. Estas responderam um questionário cujas questões enfatizaram saberes e práticas sobre a Educação Emocional nos espaços escolares. A pesquisa foi fundamentada teoricamente a partir das contribuições de Mayer e Salovey (2012), Luz (2016), Bisqueira (2000), Nunes-Valente e Monteiro (2016), Carvalho (2020) e Cabral et al., (2023). Assim, defende-se que a Educação Emocional é uma atividade preventiva que objetiva desenvolver a melhoria dos vínculos entre os indivíduos a partir do autoconhecimento, bem como a capacidade do indivíduo de evitar o desencadeamento de problemas advindos de pensamentos autodestrutivos e problemáticos (que envolvem consumo de drogas e violência) e de estados patológicos. Os principais resultados indicaram que as professoras narraram que a proposta de Educação Emocional tem sido discutida nas escolas desde o período do Ensino Remoto Emergencial durante a Pandemia do Covid-19. As professoras apontam que a escola é um ambiente propício para que o indivíduo aprenda sobre as suas emoções, mas que é necessária uma maior sistematização no contexto da Educação Emocional. Destarte, conclui-se que é um campo de conhecimentos que tem sua importância no autoconhecimento e fortalecimento de vínculos necessários para a vida moderna.