Tradicionalmente, as escolas dispõem de banheiros separados binariamente, em feminino e masculino. No entanto, com o advento dos estudos e pesquisas sobre as questões relacionadas aos gêneros e sexualidades, surgem diversos assuntos que antes não eram conhecidos, muito menos debatidos. Simbolicamente, o uso dos banheiros demonstra as noções aprendidas e aceitas pela sociedade como forma de segregação e limitação dos corpos. Assim, a discussão sobre a utilização dos banheiros por alunes trans, em um Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia, de tempo integral, em São Luís do Maranhão emerge como fato real e conflituoso, tornando-se o tema central deste trabalho, cujo objetivo é identificar o nível de conhecimento, opinião, atitudes e sugestões didático-pedagógicas, sobre o assunto, dos profissionais de educação da referida escola. Teoricamente, nos baseamos nos Estudos Culturais, pós-estruturalistas e em teóricos como Foucault (2008), Butler (2003), Gomes (2012), Louro (2018) e Silva (2017). A metodologia utilizada foi revisão bibliográfica, observação participante e aplicação de questionários. Entendemos que a desconstrução de noções binárias e cisheteronormativas com bases no biológico, que regulam e limitam corpos reais, as formações iniciais e continuadas sobre corpos e diversidades, reformulações nas práticas pedagógicas, na gestão e na atuação profissional, promoção de uma cultura de não-violência e reconhecimento dos direitos humanos que objetive uma educação antimachista, antissexista, antirracista e antiLGBTQIfóbica, sejam possíveis soluções para do uso do banheiro no ambiente escolar sem discriminação, sem violências físicas ou simbólicas e que assim exterminem sofrimentos, doenças psicológicas e físicas que expulsam alunes trans do ambiente escolar.