Museus de Ciência são espaços não-formais de ensino bastante procurados por turmas escolares, uma vez que podem propiciar aprendizagem mais autônoma e flexível. Nessa perspectiva, a exposição sobre morfologia humana do Museu de Ciências Morfológicas (MCM) da UFRN propõe-se a colaborar com o aprofundamento do conhecimento sobre o corpo e suas relações com saúde e prevenção de doenças. Entretanto, nota-se que há melhor aproveitamento quando o planejamento das visitas se adequa aos interesses da turma. Sendo assim, esta pesquisa busca compreender a importância do MCM enquanto espaço de ensino-aprendizagem de morfologia humana. A pesquisa, exploratória quantitativa, constou da aplicação de questionário, após a visitação, a 69 estudantes do ensino fundamental II ao superior, sendo o técnico-profissionalizante o grupo mais representativo. As perguntas abordaram a opinião dos visitantes sobre apresentação das peças, curiosidades e dificuldades conceituais, além da satisfação com a mediação e a visita. Os resultados apontaram público potiguar, principalmente da capital e região metropolitana, e que, majoritariamente, não conhecia o ambiente antes da visitação escolar. A visita foi considerada, para a maioria, muito satisfatória, sendo a exposição de anatomia a preferida entre as demais, cativando contentamento com a qualidade e visualização das peças. Os conteúdos referentes aos sistemas cardiovascular e nervoso foram considerados os mais difíceis de serem aprendidos em sala de aula e em estudos extra-escolares. E, apesar do aparelho cardiovascular chamar grande atenção dos visitantes na exposição, os temas que mais se destacaram foram a embriologia e o sistema respiratório. Desse modo, o MCM se configurou como um espaço importante de visitação escolar, onde dúvidas acerca da morfologia humana são respondidas e informações sobre saúde e doença são repassadas de forma interessante e satisfatória, contribuindo significativamente para o processo educativo.