Este trabalho tem como objetivo refletir sobre a importância do Programa de Residência Pedagógica na construção das identidades profissionais de estudantes de licenciatura em Ciências Sociais da Universidade de Pernambuco (UPE); pensando a identidade profissional não apenas como uma identidade no trabalho, mas também, como uma projeção de si no futuro (DUBAR 2005). Dessa forma, a organização do Programa, bem como, as atividades desenvolvidas nas escolas que permitem a articulação efetiva entre teoria e prática, têm sido de grande relevância para seus processos formativos, pois, como observa Tardif (2005), a docência é um processo que vai se construindo permanentemente, unindo a prática à reflexão teórica. Consideramos que, uma das grandes dificuldades no que se refere ao ensino de Sociologia, é a formação dos professores, uma vez que, esbarra na desvalorização da referida disciplina na educação básica. Tal contexto foi ainda mais agravado com a Base Nacional Comum Curricular do Ensino Médio (BNCCEM) e da Reforma do Ensino Médio (REM). Além disso, outro desafio profissional está relacionado ao desinteresse dos estudantes da educação básica pela disciplina de Sociologia, desinteresse este intensificado pela própria organização curricular do estado de Pernambuco que, tomando como suporte a BNCCEM e a REM, estabeleceu que a disciplina de Sociologia tenha sua oferta apenas na 2ª série do Ensino Médio. Para responder aos objetivos do trabalho foram aplicados questionários (Google Forms) contendo perguntas objetivas e subjetivas com residentes do curso em questão. A análise dos questionários e documentos se deu pela Análise Crítica do Discurso de Faircloud. Observamos que é consenso, entre os respondentes, que a residência faz diferença em suas formações e que a desvalorização da Sociologia no âmbito curricular traz inseguranças quanto às suas perspectivas de atuação profissional e, consequentemente, à construção de suas identidades profissionais.