Este trabalho tem o intuito de analisar os aspectos sobre narrativas orais de pessoas que conviveram com o cerne da hanseníase em uma ex-Colônia Agrícola. Por isso, considera o estudo e análise de narrativas, usando uma entrevista com moradores que viveram na Lázaropolis do Prata, em Igarapé Açu-PA. Para tanto, será empregado os conceitos de memória e narrativa, em Le Goff (1995), Hissa (2013), Abrahão e Passeggi (2012), Alarcão (2004), Oliveira e Paraiso (2012) e Barthes (2008). Para identidade e oralidade constituirão os alicerces teóricos: Fernandes (2005, 2011, 2013) Goffman (2004,2011), Bauman (2005), Pollak(1992), Thompson(1992), Bakthin (2003) e Zumthor(1997), nos conceitos de corpo e da doença (hanseníase) serão empregados Richard (1993) e Revel & Peter(1995). O procedimento metodológico está pautado em uma abordagem qualitativa de natureza aplicada, com o objetivo descritivo, utilizando como procedimento a pesquisa de campo na localidade da Vila do Prata. Preliminarmente, concluiu-se que as narrativas orais ajudam a compreender a história através das experiências de pessoas. A importância deste estudo para os estudos literários é compreender como a memória, através das narrativas orais, pode contribuir para os estudos da oralidade e identidade na história. Para assim, contribuir no entendimento da importância da história da localidade do Prata como um marco histórico sobre as medidas profilaxias aplicadas no Brasil para o combate da hanseníase.