Através da análise de eventos históricos como os fenômenos totalitários do século XX, pode-se reconhecer o impacto nocivo de um sistema opressivo e de controle absoluto sobre uma sociedade. Os regimes totalitários deixaram marca indelével na história e na política contemporânea. Logo, refletir sobre essa problemática é de extrema importância, principalmente em uma comunidade acadêmica e em um regime democrático. E o presente trabalho, que consiste em um relato das atividades e discussões promovidas no projeto de pesquisa “Filosofia e Literatura: reflexões sobre o totalitarismo”, realizado no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte - IFRN, Campus Parelhas, visa contribuir com essas discussões. O projeto investigou os mecanismos e artifícios ideológicos presentes na base dos movimentos totalitários, através da leitura e discussão de obras literárias, filosóficas e audiovisuais (filmes, documentários) referentes ao tema. No projeto, os participantes realizavam, semanalmente, leitura de capítulos de obras relacionadas à temática e levavam seus destaques, dúvidas e reflexões para reuniões/encontros presenciais, para socializar e refletir acerca das experiências de leituras, dos conceitos e ideias centrais. Após o estudo de obras como: Eichmann em Jerusalém: um relato sobre a banalidade do mal, de Hannah Arendt, 1984 e A Revolução dos Bichos, ambas de George Orwell (pseudônimo de Eric Arthur Blair), foi possível examinar o problema por meio de perspectivas distintas, auxiliando na identificação das peculiaridades de cada autor, bem como nas semelhanças entre suas análises. Com a conclusão do projeto, percebe-se que as reflexões acerca da problemática podem contribuir tanto com a identificação de uma ideologia com traços totalitários quanto com a própria prevenção de sua ascensão, posto que esse diagnóstico possibilitaria desmascarar e combater essas ideologias já em sua fase inicial. Falar sobre governos totalitários é importante para aprendermos com o passado e prevenir regimes opressivos no futuro.