A inclusão escolar de pessoas com deficiência é uma realidade no Brasil, sendo amparada por diversos dispositivos legais, em nível nacional e internacional. A deficiência intelectual não impede o processo de ensino-aprendizagem, em diferentes níveis, consideradas as especificações da gravidade desse transtorno do desenvolvimento. No entanto, com o entendimento de que cada indivíduo é único, vale ressaltar, que dentro do contexto na mesma deficiência, as necessidades podem ser diferentes, e as adaptações exitosas para um podem ser dispensáveis ou insuficientes para o outro. Quanto à matemática, vários são os instrumentos avaliativos que apontam a pouca proficiência dos estudantes brasileiros, o que implica dizer que a inabilidade com os cálculos não é uma exclusividade do público-alvo da educação especial. Nesse sentido, o objetivo deste artigo é relatar a experiência da utilização de produtos de tecnologia assistiva (materiais concretos e recursos digitais) no ensino da subtração para uma estudante com deficiência intelectual, significando o conteúdo ao trazer cenários do seu cotidiano na prática com o “troco”. As intervenções ocorrem semanalmente no ambiente do NAPNE – Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas – de um campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba. Como resultado parcial, apesar da grande dificuldade na leitura e na interpretação de texto, pode-se afirmar que a estudante reconhece os numerais, faz a leitura das subtrações, já consegue realizar cálculos simples e conhece muito bem as cédulas da moeda corrente no país. Este estudo ainda está em andamento, com previsão de término em julho do corrente ano. De modo complementar, a indispensável pesquisa bibliográfica buscou outros trabalhos no Catálogo de Teses e Dissertações da CAPES, com os descritores “matemática” e “deficiência intelectual” para, além de corroborar com esta pesquisa, revalidar materiais e métodos voltados ao ensino da matemática para pessoas com deficiência intelectual.