NEVES, Maria Aparecida et al.. Prática de ensino como espaço de planejamento transversal. Anais IX CONEDU... Campina Grande: Realize Editora, 2023. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/100428>. Acesso em: 23/12/2024 04:58
Em tempos de mudanças paradigmáticas entendemos que a formação docente também precisa passar por transformações. A Prática de Ensino (PE) é articuladora do processo formativo e espaço de reflexão sobre a atividade profissional, na qual o futuro professor antecipa a atuação docente que experimentará no Estágio Supervisionado. É onde estabelece um diálogo com as estratégias de ensinagem e com as possibilidades metodológicas, instrumentalizando-se para despertar a curiosidade, o interesse, a criatividade e o desejo de aprender de um aluno. Frente ao desafio da formação docente, na disciplina Prática de Ensino I (PEI), na Licenciatura em Ciências Biológicas/UFRR, optamos por desenvolver uma modalidade de planejamento geradora de reflexões, baseada no Sistema Transversal de Ensino-Aprendizagem (STEA) de Stella Piconez. Sistema aberto, dinâmico, capaz de absorver atualizações permanentes dos conteúdos, adaptável a diferentes níveis de ensino, que traz na concepção inovação curricular por meio da interdisciplinaridade dos conteúdos da Educação Básica. Agrega objetivos, organização de conteúdos e metodologias relacionadas a diferentes domínios/áreas do conhecimento. No exercício de planejamento da PEI, os futuros professores desenvolvem sequências didáticas de ciências e biologia, que integram aos conteúdos abordados explicações históricas, geográficas e artísticas entre outras áreas de conhecimento. Tal planejamento oportuniza espaços de debate e reflexão, permitindo ao “professor” exercer o papel de mediador cognitivo, transformando a sala de aula em um espaço ativo de aprendizagem. Este planejamento, elaborado segundo o STEA, traz inicialmente uma questão desafiadora ou problematizadora, trabalhada com a técnica de brainstorming (tempestade cerebral; em seguida um campo de conceitos e conteúdos; depois um espaço de curiosidades; um campo de faça você mesmo, para o desenvolvimento de habilidades, como a de metacognição; a sessão nossa língua, espaço para leitura, produção textual, análise e reflexão; espaço arte/tecnologia, que permite manifestações de naturezas diferenciadas e por fim o campo refletindo, com finalidade ética e/ou social, um espaço de discussão e reflexão.