Indiscutivelmente a formação inicial do professor de Geografia é um momento que exerce forte influência sobre toda a vida profissional, moldando os primeiros traços da identidade docente, oferecendo embasamentos científico, didático e pedagógico. No entanto em março 2020, a dinâmica que ditava tal fase foi alterada em virtude da pandemia do COVID-19, atingido a todos repentinamente e modificando o modo como a formação inicial ocorria até então, evidenciando problemas existentes nos cursos e as desigualdades no acesso à tecnologia, tendo como consequência formações comprometidas de cumprirem plenamente sua função sócio educacional. Diante da importância desta fase profissional faz-se necessário pesquisar sobre a formação inicial de professores de Geografia nos contextos pandêmico e pós-pandêmico, as dificuldades e as consequências, pois os frutos dessas mudanças permanecerão na prática profissional mesmo no cenário pós-pandêmico. Frente a essas questões, embasados em autores como PIMENTA (1999) e PESSOA (2017), para entender a impotência da formação inicial e de LIMA (2022) para compreender no contexto pandêmico, fazendo uso de métodos quantitativos com questionários e qualitativas com entrevistas, buscamos investigar possíveis dificuldades enfrentadas na formação inicial em tais contextos, bem como as consequências deste momento para o exercício da profissão. Ao longo da pesquisa os resultados apontam para formações que não foram capazes de alcançar aos discentes de modo igualitárias, tendo deixado lacunas em disciplinas específicas pela não realização de estudos de campo, nem práticas em laboratório e vivências educacionais no espaço escolar, alterando as disciplinas das práticas docentes e dos estágios, além de diversos problemas ocasionados pela falta de tecnologia para os professores em formação.