No desafio de dialogar com o tema “Bahia sem fome” e proporcionar à população estudantil o conhecimento sobre produtos alimentícios inovadores, que envolvam partes não usualmente consumidas de vegetais, para suprir demandas da população carente e que, foram utilizados para provocar uma discussão no contexto do componente curricular de Iniciação Científica. A motivação da temática justifica a escrita deste artigo que teve como objetivo principal apresentar um relato de experiência dos alunos do Ensino Médio com Intermediação Tecnológica (EMITec), nos anos de 2021 e 2022 nas aulas de Iniciação Científica. Além disso, a temática oportuniza aos discentes em diferentes espaços educativos, em especial aos alunos da zona rural, que podem articular esse contexto no quintal de sua casa, com as diversas possibilidades nutricionais e as novas tendências de consumo das Plantas Alimentícias Não Tradicionais (PANC), com a finalidade de resgatar memorias culturais e afetivas-culinárias. Como forma de incentivá-los e fortalecer o protagonismo, foram apresentadas, diversas PANC e receitas conhecidas com finalidade de estimulá-los a produção de suas próprias receitas. A metodologia realizada foi de uma pesquisa-ação com base nas aulas dialogadas e da análise das narrativas durante o Chat ao vivo e das atividades dos discentes postados no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA). Os resultados observados apontaram aspectos positivos, tais como, conhecimento nutricional de diversas PANC, utilização de partes das plantas para produção de sucos, saladas, entradas, pratos principais e sobremesas. O estudo também provocou aspecto negativo como rejeição dos discentes para provar algumas receitas que também serve de importante fonte para pesquisas futuras. Concluímos que as PANC podem substituir os alimentos tradicionais sem nenhuma perda do valor nutricional e do sabor, o que permite proporcionar a população novas possibilidades de alimentação saudável, sendo um conteúdo que deve ser mais explorado e abordado nas aulas da educação básica.