O desafio de ingresso no Ensino Superior vem afetando a vida escolar de muitos estudantes, deixando-os cada vez mais ansiosos e tensos, quando o assunto é a saída do Ensino Médio e o início desse novo ciclo formativo. Esta condição agravou-se ainda mais no momento pandêmico por conta do novo coronavírus (SAR-CoV-2), onde se fez necessário a utilização do ensino remoto para dar continuidade às atividades escolares, acentuando as dificuldades desses alunos ao ingresso no ensino superior. Diante do exposto, este trabalho teve como objetivo identificar se os discentes do Ensino Médio, em 2021, no contexto pandêmico, se sentiram afetados psicologicamente quanto à realização de exames vestibulares/ENEM para ingresso no Ensino Superior. O estudo foi realizado em duas escolas de Ensino Médio, públicas, uma localizada na cidade de Solonópole-CE, e outra em Iguatu-CE, com foco nos terceiros anos, tendo como participantes, jovens de 17 a 20 anos de idade, totalizando 171 estudantes. Dessa forma, utilizou-se como instrumento de coleta de dados quali-quantitativo, um questionário composto por quatro perguntas. Como resultado, percebeu-se que 112 sujeitos padeceram com o surgimento ou/e agravamento de algum sofrimento mental. Considerando o contexto supracitado, essa condição afetou a confiança dos alunos para a realização dos exames. Além disso, também foi visto que há uma diferença de intensidade em cada gênero analisado, os indivíduos do sexo feminino são mais afetados pelas tensões psicológicas, comparado aos de sexo masculino, talvez pelas múltiplas demandas que, socialmente e historicamente, são impostas aos sujeitos do sexo feminino, ou seja, sobre as mulheres. Diante dos resultados encontrados, cabe às instituições de ensino criar meios de preparar os estudantes para o ingresso no ensino superior sem pressioná-los tanto, tendo em vista que o êxito na vida não depende exclusivamente de ser aceito em uma universidade.