A leitura literária em ambiente virtual é necessária para formação discente/docente, mas nem sempre as tecnologias educacionais estão acessíveis para potencializar a própria formação do educador. Este artigo propõe discutir o uso das tecnologias educacionais na formação do professor versus estudante a partir da leitura e desleitura de “Os sertões”, de Euclides da Cunha (1902), durante o tirocínio docente realizado na UNEB, em turma de graduandos de Letras. O mundo está em constante estágio de mudanças, exigindo-nos novas práticas pedagógicas, afinal, o grande desafio de ensinar na era digital e no período da pandemia foi e continua sendo acompanhar as transformações de conhecimentos científicos e tecnológicos ( Pretto, 2011), porque a literatura sozinha não se sustenta em sala de aula, ela precisa de outras artes para continuar girando saberes. Pesquisa com abordagem desconstrutivista (Derrida, 2014), recorro-me às aulas síncronas e assíncronas de Literatura, bem como, e-books, documentários, filmes, vídeos e artigos relacionados à obra euclidiana. Assim, Os sertões vai além da leitura, mas da desleitura (Seidel, 2020) para compreensão do texto, de si e do mundo. Esta desmontagem da literatura cada vez mais se faz presente nos manuais didáticos de Língua Portuguesa, auxiliando na formação docente, principalmente, quando o texto euclidiano está associado a outras artes. Espera-se com este texto pontuar práticas pedagógicas para o ensino da literatura, instigar o estudo de Os sertões como grande divisor para se entender os conflitos da Guerra de Canudos pelo viés literário com abordagem intersemiótica e contribuir com a formação discente, geralmente, grupo resistente á leitura densa como Os sertões.