O acompanhamento terapêutico (AT) pode ser definido como uma modalidade terapêutica baseada no fazer e no estar junto, visando estimular a autonomia, inclusão e inserção do sujeito no laço social. A prática costuma ser desempenhada por estudantes em formação na área da saúde ou educação. Esse fazer apresenta particularidades por ser o acompanhante terapêutico quem se desloca para encontrar o acompanhado, em ambientes como a residência, a instituição de saúde a qual o sujeito está inserido ou mesmo a escola. No contexto escolar, o AT não pretende substituir a função do docente. Suas atribuições direcionam-se para o auxílio e a mediação às atividades propostas em sala de aula, prestando suporte e acolhimento ao acompanhado durante esse processo e auxiliando na emergência desse sujeito enquanto ele aprende. O presente estudo tem como objetivo compartilhar fragmentos da experiência como AT no contexto escolar realizado por uma estagiária do curso de Psicologia em uma escola privada do ensino infantil de Campina Grande - PB, com duas crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Utilizaremos a abordagem psicanalítica para análise e interpretação dos dados. Foi observado durante a experiência a construção de vínculo da AT com as estudantes bem como a socialização com os colegas da classe. Dessa forma, compreende-se o Acompanhante Terapêutico como fundamental para promoção da inclusão e para o desenvolvimento da autonomia no contexto escolar, reforçando a necessidade do acolhimento sem preconceito e discriminação.