Este texto objetiva refletir sobre a formação continuada de professores, com foco nas críticas recorrentes na literatura da área, de modo a articular comentários sobre dois modelos de formação continuada de professores no Paraná, sendo ambos modelos de Grupo de Estudos, um ofertado em âmbito de universidade federal e outro em âmbito de governo estadual. Uma das críticas recorrentes à formação continuada de professores promovida pelo modelo de estudos do governo decorre de um aumento da “infantilização” do professor, diminuindo a presença da experiência e da troca de saberes entre os pares sendo, portanto, cada vez mais calcada no ensino sobre conteúdos pontuais e de modo passivo, visando uma reprodução teórico/prático em detrimento à formação ampla. Enquanto observa-se um grande avanço sistemático dos reformadores empresariais da educação, com sua visão de educação neoliberal e consequências nas políticas públicas e nas intencionalidades da educação: avaliação, currículo, formação inicial e agora, formação continuada de professores. Como método, recorre-se à revisão bibliográfica e análise desses dois modelos de oferta de formação continuada em Grupos de Estudos frente a essa revisão. Os resultados encontrados apontam uma dificuldade em se construir e ofertar a formação continuada para professores e profissionais da educação, que resistam a essa “infantilização”, em um cenário de extensas e ostensivas reformas empresariais e avanços neoliberais ligados a educação, de-formando, fortemente, a concepção de professores frente a suas formações continuadas e as intencionalidades de Grupos de Estudos na formação continuada de professores.