A escola é o principal local que garante meios de promover o desenvolvimento da criança a todos. Todavia, foi essa instituição um dos principais setores afetados pela crise mundial sanitária provocada pela pandemia do novo coronavírus. Passados mais de dois anos, é possível perceber os prejuízos ocasionados nesse período, no qual o corpo humano manteve-se isolado do contato social e das experiências e aprendizados proporcionados pela escola e pela interação com os pares. Através do movimento a criança expressa seus sentimentos e emoções, e reafirma seu comportamento no Outro. Assim, quais as consequências psicomotoras ocasionadas pelo distanciamento social afetou o desenvolvimento infantil? Desse modo, o presente estudo teve como objetivo principal verificar na literatura as consequências psicomotoras que ocorreram no corpo humano decorrentes do distanciamento social pelo contexto de pandemia. Para tanto, foi realizada uma revisão narrativa, seja em livros ou artigos, que abrange o período de 2020 a 2023, através de uma análise crítica da literatura acerca da psicomotricidade e dos danos causados pelo período pandêmico. Destarte, foi possível observar que a pandemia trouxe entrave à relação tônico-postural do indivíduo corpóreo, no qual algumas das consequências mais evidentes relativas a esse período foram: o distanciamento do toque, que pode ser considerado uma representação do afeto recebido, assim como a questão respiratória, afetada seja pelo nível de ansiedade perante a situação ou pelas consequências do próprio COVID-19. No que diz respeito às crianças, é razoável supor que o desenvolvimento motor foi afetado, assim como a socialização e a linguagem, afetando até mesmo o brincar, que é essencial para as formas de expressão e desenvolvimento infantil, pelas consequências do próprio COVID-19.