O trabalho de pesquisa apresentado parte das concepções desenvolvidas no grupo de pesquisa Coletivos Docentes e Redes Curriculares nas Américas – UNESA. Nesse sentido, temos aprofundado algumas ideias de formação docente e currículo numa lógica coletiva. Ou seja, é preciso pensar os currículos como produções cotidianas e os processos formativos sempre em redes educativas (ALVES, 2008). Temos percebido que as políticas neoliberais e neoconservadoras asfixiando uma concepção de educação e, no bojo, o professor e sua autonomia. Nesse sentido, tais políticas têm ditado aos professores como fazer e como executar o processo de ensino e aprendizagem, afastando o sentido de coletividade e instaurando a competividade como meta para “melhoria da educação”. Isso vem se instalando de forma antidemocrática nas agendas da América Latina (SANTOS, 2020). A pauta da agenda na Educação Brasileira não é diferente de outros países; uma pauta inscrita no controle, na verticalização e hierarquização entre conhecimentos produzidos dentro e fora da escola. Isso causa impacto nas práticas dos professores e na compreensão do que é escola, docência e currículo. A intenção é mapear como alguns coletivos espalhados pela América Latina têm criado espaços e tempos de formação continuada para pensar, desde a escola, modos outros de produzir currículos e processos formativos. Nesse sentido, a ideia central é buscar novas histórias daquilo que é criado dentro dos coletivos docentes. Esse caminho possibilita encontrar novas formas de pensar os currículos e os processos de formação, reforçando o entendimento de que não podemos ficar presos a um único modelo ou quadro representativo – nem nos currículos.