Artigo Anais IX CONEDU

ANAIS de Evento

ISSN: 2358-8829

A TARRAFA DOS SONHOS COMO METODOLOGIA NAS RODAS DE CONVERSA DO FOPINECAF

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Publicado em 11 de dezembro de 2023

Resumo

Falar da educação do campo é falar de um assunto que carece de mais visibilidade e reflexões. Diante da necessidade, buscou-se conhecer a metodologia da tarrafa dos sonhos utilizada para a interação entre os participantes nas rodas de conversa promovidas pelo Fórum Parintinense de Educação do Campo, das florestas e das águas Paulo Freire- FOPINECAF. Teve como base estudos desenvolvidos por pesquisadores, como Caldart (2012), Prata e Silva (2022) e (2019). Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa, com auxílio da pesquisa bibliográfica e de campo. E para tal, foi necessário realizar um levantamento bibliográfico em livros, artigos e periódicos que tratam da temática em evidência. A metáfora da tarrafa dos sonhos adotada neste estudo justifica-se pelo fato de que a tarrafa age como operador simbólico que ao invés de capturar peixes, captura sonhos, esperanças de melhorias para o cenário da educação do campo, com suas especificidades, identidade e cultura. A metodologia da tarrafa dos sonhos, enquanto estratégia de interação social, possibilita ricos diálogos nas rodas de conversas do Fopinecaf, considerando que durante a realização da metodologia da tarrafa dos sonhos nas rodas de conversa promovidas pelo Fórum, professores, estudantes, pesquisadores, agricultores familiares, ribeirinhos, representantes de sindicatos, lideranças comunitárias, bem como representantes de instituições envolvidas com a educação do campo, das terras, das águas e das florestas são motivados a apresentar suas demandas e perspectivas. O estudo conclui que a metodologia da tarrafa dos sonhos traz em seu bojo o objetivo principal de proporcionar aos povos camponeses o protagonismo de lançar à tarrafa dos sonhos suas falas que ecoam como sementes de transformação demandas, seus descontentamentos e as perspectivas de melhorias que almejam para a educação do campo, assumindo-se como protagonistas, que se apropriam de sua condição de sujeitos de direitos e não de favores.

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