O Programa de Acessibilidade na Educação Superior no âmbito nacional, propõe ações que garantam o acesso pleno de pessoas com deficiência às universidades. Especificamente sobre surdez, dados do Censo do Ensino Superior no Brasil realizado em 2013, apontam que num total de 29.034 alunos matriculados com alguma deficiência no Ensino Superior, 1.488 destes são surdos (5,13% do total), outros 7.037 são deficientes auditivos (24,24% do total) e 151 são surdo-cegos (0,52% do total). Considerando os dados apresentados, a questão que se coloca é se esses alunos estão efetivamente incluídos na Educação Superior, e se ainda há barreiras que dificultam sua permanência? Deste modo, o presente trabalho versa sobre algumas reflexões a cerca do ingresso e permanência de alunos surdos no Ensino Superior, especificamente na Faculdade de Educação, Ciências e Letra de Iguatu-FECLI. Utilizamos como objeto de análise, o registro de alunos matriculados entre 2019 e 2023 e os respectivos elementos que envolvem este contexto. Como aporte teórico temos Carlos Skilar (2010), Sueli Fernandes (2012) e Cantorani, Pilatti et al (2020) que apresentam elementos relevantes sobre os ascpectos educacionais e inclusivos dos sujeitos surdos. De forma preliminar percebe-se que apesar de termos leis que garantam a acessibilidade das pessoas com deficiência no Ensino Superior, há uma distância entre a teoria e a prática. Acredita-se, contudo, que essa distância deve-se a entrada ainda recente dos surdos na universidade. Face ao exposto, considera-se que o presente estudo é de suma importância para identificar questões pertinentes a temática, com vistas a valorização e inserção desses indivíduos no meio acadêmico e social.