O ambiente escolar, espaço de aprendizados e convivências, torna-se campo de tensões frente a presença de um possível diagnóstico de autismo. Quando o ocorrido acontece na educação infantil, muitas ações docentes divergentes, podem trazer consequências diretas para as crianças. Na esteira destas reflexões, este estudo objetiva compreender as perspectivas, nem sempre consonantes, entre o diagnóstico e as diferentes concepções de deficiência que subjaz essas relações. Com abordagem qualitativa, pesquisa de cunho bibliográfico, tendo como lócus a plataforma Capes. Com os descritores: Concepção de Deficiência E Educação Infantil OU Concepção de Deficiência E Educação Básica OU Diagnóstico de Autismo E Educação Básica OR Educação Infantil. A pesquisa resultou em 36 artigos revisados por pares, considerando os últimos 10 anos. Com a aplicação dos critérios de inclusão e de exclusão restaram 12 artigos que foram analisados a partir da problemática da pesquisa. Entendemos que a depender de como a deficiência é compreendida, se como uma tragédia pessoal ou como parte da diversidade humana, as ações em relação ao diagnóstico do autismo são divergentes. Consideramos, com isso, que o capacitismo faz com que as pessoas evitem possíveis diagnósticos. Nossa compreensão é que o diagnóstico em si não se configura como problema, mas as ações suscitadas por uma concepção limitada de deficiência que considera o déficit, a falta, como atributo do sujeito. Buscamos com essa narrativa provocar nos envolvidos com a temática do autismo uma reflexão sobre as concepções que embasam suas ações frente ao diagnóstico, contribuindo assim para uma perspectiva crítica sobre a prática. Entendemos que nosso papel, como pesquisadoras de uma IES pública, é contribuir para minimizar os impactos do capacitismo por meio de produções reflexivas e posicionamentos políticos que defendam o direito, o respeito às diferenças, celebrando-as como parte da identidade humana.