A escola permite que laços sociais se construam. Assim, pode dar ou não um lugar para ser sujeito e ter afetos e afetações. Inúmeros são os problemas sociais, econômicos e mesmo pedagógicos, apresentados pelas escolas públicas no Brasil, como o déficit na infraestrutura da escola, as violências e violações de direitos presentes, as dificuldades com o ensino diante de uma cultura imediatista assim como a exclusão, indisciplina, conflitos culturais e geracionais conforme Ivenicki (2019) . O manejo diante dos impasses promove sofrimento nos professores bem como nos que fazem a escola. Desse modo, a conversação, segundo Miranda e Santiago (2010), é um procedimento grupal em que os professores debatem sobre um tema por eles proposto, podendo expressar as dificuldades em seu ofício. Sendo um meio de trabalhar, ressignificar e trilhar um novo caminho possível e no contexto escolar, apresenta-se como ferramenta potente, uma vez que a escola possui grande responsabilidade social com o saber, mas também com a formação dos sujeitos. Nessa perspectiva, o presente trabalho tem como objetivo dissertar sobre a experiência das conversações realizadas com professores do ensino médio que aconteceram na Escola Estadual de ensino integral no município de Campina Grande -PB, nos meses de setembro a dezembro de 2022, fruto do projeto de extensão intitulado Volta às aulas: impasses e desafios no pós pandemia pelo edital do PROBEX pela Universidade Federal de Campina Grande - UFCG. O uso da conversação possibilita um lugar de fala livre e também de escuta, com isso se dá um destino ao mal estar por meio de um tratamento simbólico.