A interação entre graduandos e doutores é uma parte fundamental do diálogo, considerando a ética, o respeito, a amorosidade, a esperança, a criticidade e a tolerância, presente na formação de sujeitos e profissionais da Educação e da Psicologia. Isto é, diálogo enquanto processo dialógica horizontal, criativo e problematizador, pelo qual se pode enxergar e agir no mundo para uma educação democrática. Nesse sentido, este trabalho tem como objetivo compartilhar experiências e aprendizagens de uma das autoras vivenciadas no grupo de estudos Diálogos Freireanos em Educação, por meio de um relato de experiência. Participam do coletivo estudantes de graduação em Pedagogia da UFCG, professores universitários (UFCG, UFPB e UPE) e da rede básica de ensino, bem como uma psicóloga. O grupo move-se desde 2020 com encontros virtuais e se organiza a partir de leituras, diálogos, reflexões críticas, cursos de extensão, pesquisas e projetos, a fim de promover conhecimento e socialização de trabalhos produzidos pelos participantes fundamentados no legado freireano. Utiliza-se da base teórica do educador brasileiro Paulo Freire (1989, 2002, 2021). O essencial desta experiência ocorre pelo diálogo nas interações significativas com os diferentes sujeitos e seus mundos, o que possibilita um aprofundamento teórico e prático na Educação. Nesse sentido, a proposta de uma educação dialógica contraria uma “educação bancária”, a qual nega o diálogo e desconsidera os seres humanos inseridos com o mundo, e busca realizar uma educação pautada na prática política de formação de sujeitos históricos e pesquisadores. Assim, os encontros com o grupo de estudos considera a vivência cotidiana dos sujeitos históricos, sociais, políticos e culturais em diálogo com estudiosos e pesquisadores em Paulo Freire, de modo que transcende o caráter academicista e cria-se um laço de amizade amoroso, colorido, acadêmico e humano.