Diante de um modelo de educação que ressalta os valores culturais frutíferos das dinâmicas de miscigenação, o reconhecimento deste aspecto nos permite dizer que, lato sensu, somos afrodescendentes de um povo, que para além das tendências e abordagem minimizadoras, tem seu respaldo e contribuição para formação histórico-sóciocultural do nosso país. Nestes termos, essa pesquisa, visa analisar, em campo, como acontecem as rotinas escolares de uma escola de ensino fundamental pautadas na lei 10.639/03. Além deste instrumento legal de fortalecimento de práticas e políticas educacionais, nos utilizamos do que preceituam Gomes (2005); Abramowicz, Barbosa e Silvério (2006); e as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (BRASIL, 2004), levando em consideração a importância dos espaços escolares a promoção da educação das relações étnico-raciais e as insurgências inovadoras para adaptação dos conteúdos e currículos, em eventos de ensino e intervenção didático-pedagógica. Através de entrevista, coletamos inquéritos, da comunidade escolar, a respeito da aplicabilidade da referida lei para construção de reflexões de como a escola vem identificando, analisando e refletindo as sugestões determinadas pelo documento legal, ressaltando as adequações, aceitações e enfrentamentos constates do cotidiano escolar que lança mão de alternativas pedagógicas que viabilizam uma aprendizagem significativa para as relações étnico-raciais.