As brincadeiras estão presentes em todos os contextos sociais e vários especialistas atestam sua importância não só no processo histórico-cultural, mas também no bom desenvolvimento social cognitivo; esta concepção influencia as práticas pedagógicas de inúmeras escolas, onde, quando bem direcionadas defende-se que elas podem trazer consideráveis benefícios que perduram por toda a vida do indivíduo, enquanto ele vai crescendo. Dessa forma, entender mais sobre esta temática torna-se cada vez mais necessário, pois sabe-se que esta prática na infância, a do brincar e do lúdico, é essencial no processo de formação humana. Quando estrategicamente bem estimulada, a partir das brincadeiras na educação infantil, a criança terá férteis possibilidades de desenvolvimento tanto cognitivo quanto motor, pois a brincadeira estimula o raciocínio e a imaginação, e permitem que a criança explore diferentes comportamentos, situações, capacidades e limites. Entretanto, para isso, faz-se necessário que o educador se conscientize de que uma abordagem pedagógica por intermédio do ato de brincar não pode significar desleixo ou ser aplicada sem o fundamento e o devido planejamento. Além de ser um direito da criança, o ato de brincar está intrinsecamente ligado ao desenvolvimento intelectual, emocional e comunitário, pois permite que, a partir da interação com o meio e com o outro que o sujeito se descubra no mundo. Dito isso, o presente artigo tem como objetivo a realização de uma revisão bibliográfica especializada na temática do aprendizado por meio do brincar na educação infantil. Para tanto, realizarse-á um levantamento de informações a partir das obras de autores como Piaget (1978), Vygotsky (1991), Almeida (1992), Dallabona (2004), Froebel (1995) Garcia (2020), Nallin (2005), entre outros. Tentaremos, de uma forma inicial, discutir sobre o aprender brincando e o direito do aprender e do brincar, especificamente na educação infantil.