Este artigo discute as contribuições que a aula de campo traz para a formação em Geografia, neste caso específico, para o licenciado/a em Geografia. No primeiro momento, estendeu-se esforço para discutir, brevemente, o objeto de estudo da Geografia, embasado em autores como Braga (2007), e Bovo, Töws e Rogal (2018) e Machado (2007). Posteriormente, faz-se a defesa da didática da aula a campo como contributo relevante para a formação acadêmica dos professores de Geografia, figurando autores como Cabral (1958), Barboza e Rodrigues (2016) e Silva e Oliveira Junior (2016). Como resultado empírico, está sendo abordado a aula de campo realizada na região do Cariri cearense, ocorrida em fevereiro de 2023, pela turma do 6º período do Curso de Geografia, do Campus Avançado de Pau dos Ferros (CAPF), da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). Nesta atividade, destaca-se o aprofundamento do estudo do espaço geográfico, sendo conhecido, vivenciado e discutido conteúdos vistos em sala de aula, especialmente nas disciplinas de Geografia Física do Brasil, Geografia do Nordeste e Geografia e Ensino. A aula de campo possibilitou o estudo de fenômenos de forma concreta, in loco. Dessa forma, permitiu a discussão sobre aspectos físico-naturais, sociais, políticos e culturais da região, com foco na formação socioterritorial do cariri, da complexidade ambiental da Chapada do Araripe e do Geopark Araripe. Partindo do princípio da observação da realidade, a aula de campo foi uma forma de coletar informações, comprová-las e construir conhecimentos significativos para o ensino-aprendizagem da Geografia, reafirmando o quão significativo é esta metodologia para a formação de professores de Geografia.