A disciplina escolar Química passou a figurar como componente do currículo na Educação Básica, com a promulgação da Reforma Francisco Campos, em 1931, nesse documento ressalta-se a relevância de utilizar atividades práticas para aproximar o indivíduo da ciência Química. Ao longo dos anos, na literatura, a experimentação tem sido defendida como uma importante estratégia pedagógica que visa demonstrar um fenômeno, ilustrar um princípio teórico, desenvolver habilidades de observação ou medidas e, em algumas situações, resolver problemas. Dentre as propostas pesquisadas destacam-se as seguintes modalidades: ilustrativa, investigativa e problematizadora. No entanto, apesar da relevância dos estudos que discutem o uso da experimentação no ensino de química, é fundamental ouvir os professores da educação básica, uma vez que algumas questões são latentes, a saber: Como o professor realiza a experimentação na sala de aula? Recebe apoio estrutural e financeiro? No que se refere à segurança do alunado, a realização da experimentação é favorável na sala de aula e/ou no laboratório? Com o objetivo de analisar tais questões, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com professores que são preceptores no Programa da Residência Pedagógica do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ – campus Duque de Caxias). Esses docentes atuam em escolas estaduais localizadas no município de Duque de Caxias, no estado do Rio de Janeiro. Os dados revelam que apesar de reconhecerem a importância da experimentação, os professores salientam que, a depender da estrutura da instituição, as condições não são favoráveis. Dessa forma, é preciso investigar o que as pesquisas voltadas para o ensino de química já produziram até o momento que auxilia os professores a tomar decisões práticas em sala de aula.