Este trabalho se propõe a compreender, analisar e interpretar as representações e as avaliações pertinentes ao trabalho docente que leciona Inglês para pessoas surdas e, que influencia a sua evolução e a construção subjetiva, utilizando Libras como principal instrumento de ensino, tendo como recurso fundamental de análise os diários reflexivos produzidos pela professora/pesquisadora em questão - uma professora de Inglês e ouvinte, durante o ensino de Inglês para pessoas surdas em um curso de idiomas. Estes diários foram elaborados de forma espontânea e autoral, em busca de uma melhor compreensão do processo de ensino e aprendizagem da Língua Inglesa para alunos surdos. A pesquisa investiga o conjunto de seus agires e da escolha dos instrumentos utilizados nas aulas de Inglês. Uma das principais perguntas norteadoras é “Como as línguas envolvidas podem ajudar o surdo na aquisição do aprendizado de uma outra língua até então desconhecida por ele? Para tanto, utilizamos as concepções da educação para surdos, a Língua de Sinais Brasileira, os conceitos sobre Clínica da Atividade (CLOT, 1999; CLOT; FAÏTA, 2000), sobre Ergonomia da Atividade (AMIGUES, 2003, 2004) e o Interacionismo Sociodiscursivo (BRONCKART, 2004, 2007). A análise dos dados indicou que a Libras foi utilizada pelos surdos para substituir as estruturas que eram desconhecidas por eles, na Língua Inglesa. E a Língua Portuguesa foi utilizada como um recurso pelos alunos surdos, quando apareciam dúvidas sobre a escrita do Inglês. .