Após o processo de abolição da escravidão no Brasil, a população negra não recebeu amparo do Estado no que tange a educação, fazendo com que esta parcela da sociedade ficasse a margem desse processo. Desse modo, esse texto busca compreender os fatores que contribuíram para essa questão, problematizando a falta de políticas públicas que garantam uma educação igualitária para o grupo citado acima. Portanto, a metodologia utilizada foi a de revisão de literatura, com referencial teórico de autores que abordam o tema. Nesse sentido, podemos afirmar que o processo educacional nasceu e cresceu segregando essa população, causando assim um grande abismo no sentido da garantia desse direito aos negros no Brasil. O caminho foi longo, porém necessário para uma discussão que abordasse os reais fatores que permitiram tal desigualdade, assim, ainda não podemos dizer que que houve uma ruptura na negligência desses direitos, contudo vale salientar que, já podemos observar um olhar diferente por uma pequena parte das instituições educacionais em relação a temática debatida, o de atender esses indivíduos de forma igualitária. Também, faz-se necessário esse sujeito sinta-se como parte desse processo, se reconhecendo nas culturas apresentadas dentro do espaço-escola, uma vez que o direito a educação é garantido na Carta Magna, ademais, por séculos esse amparo foi negado, entretanto, a Lei 10. 639/ 2003 representa uma conquista no processo educacional para os negros brasileiros. Portanto, os desafios ainda são grandes, uma vez que esse tema perdura como entrave na sociedade hodierna e mais ainda na educação dentro do território brasileiro. Contudo, para tanto, educadores e pesquisadores em todo segmento da educação têm se esforçado para mitigar tal revés através de palestras, projetos e pesquisas que discultam tais problemas, trazendo à luz da sociedade esse tema tão atual e necessário.