Este estudo discute a questão do acesso da população negra ao ensino superior, marcado por seu histórico de exclusão e privilégios. Embora as políticas públicas, como as cotas, tenham contribuído para a democratização do ensino, a restrição do acesso e as condições de permanência desfavoráveis ainda são fatores que resultam em trajetórias diferentes para estudantes brancos e negros. O objetivo deste estudo é compreender como a população negra ingressa no ensino superior e os desafios e oportunidades que ela enfrenta. Para a realização deste trabalho, utilizou-se o método de pesquisa bibliográfica, no qual foram selecionados artigos publicados nos últimos 5 anos, a partir dos seguintes descritores: “universidade”, “desigualdade racial”, “estudantes negros”, “ações afirmativas” e “trajetória acadêmica". Além disso, para coletar informações referentes ao racismo, utilizou-se o livro “Racismo Estrutural” de Silvio Almeida, publicado em 2019. A partir das pesquisas realizadas, constatou-se que as instituições de ensino superior enfrentam dificuldades para acolher estudantes negros, devido à presença de discriminação racial, à falta de diversidade no corpo docente e às dificuldades enfrentadas por aqueles provenientes de escolas públicas e classes socioeconômicas menos favorecidas. A carreira acadêmica desses jovens é dificultada pela falta de políticas permanentes adequadas, evidenciando a necessidade de as universidades se dedicarem a esse tema. Apesar de o acesso ao ensino superior poder mudar a posição dos jovens negros na sociedade brasileira, o desenvolvimento de programas personalizados é essencial para garantir seu sucesso a longo prazo. Conclui-se que a democratização do ensino tem sido possível através de políticas públicas, porém, ainda há uma luta pela coexistência dessa população na universidade. É necessária a implementação de políticas que discutam pautas raciais e questões que atravessam esses indivíduos, de forma que seja possível fomentar ações para que esses sujeitos possam atuar socialmente.