Pensando na necessidade de incentivar o debate sobre aspectos ético-sociais que permeiam a pesquisa científica, o presente artigo aborda o uso da legislação brasileira que estabelece os fundamentos éticos e científicos para pesquisas em seres humanos como elemento de ruptura à lógica de desumanização de sujeitos de pesquisa pertencentes a certos grupos sociais. Sendo assim, o objetivo do trabalho foi informar estudantes do Ensino Médio de uma escola estadual de Arapiraca-AL sobre ética na pesquisa científica de acordo com a Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde. Durante debates, que ocorreram entre os estudantes em uma aula sobre teste de laboratório em animais, levantou-se a hipótese da utilização de idosos, pacientes terminais e população carcerária para substitui-los. Considerando isso, foram aplicados dois questionários em períodos diferentes, um dos questionários foi aplicado após a aula de pesquisa com animais e seres humanos e o outro após a aula sobre ética na pesquisa científica no Brasil, para verificar se houve mudança na forma de pensar dos discentes. Após a observação das respostas do primeiro questionário, foi feita uma proposta de intervenção, onde a docente de Física ministrou aulas sobre a regulamentação brasileira de testes em seres humanos. Através da leitura dos questionários foi observada empatia com o uso de animais em testes, mas não com o uso de alguns grupos de sociais supracitados. O que mostra a importância de aulas como esta para que os estudantes tenham a percepção sobre aspectos éticos e sociais que permeiam a educação em ciências da natureza.